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segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

LÍBANO - Anjar e os Refugiados Sírios

Apesar de tanto pestanejar entre cancelar ou não minha viagem com destino ao LÍBANO, devido a Guerra Civil na SÍRIA que iniciou em março de 2011 e até o momento está longe de ter um fim, você acredita que fui passear justamente próximo à fronteira com a Síria?

Exatamente 08 dias antes de eu partir para minha viagem, dois atentados suicidas a bomba em Nov/2013 atingiram simultaneamente a embaixada iraniana em Beirute, capital do Líbano, matando ao menos 22 pessoas e mais de 140 pessoas ficaram feridas. Um grupo extremista sunita ligado à rede terrorista Al Qaeda assumiu a responsabilidade pelas explosões.

Com aproximados 375 km de extensão de fronteira entre os dois países, fui onde fica o Vale do Bekaa, exatamente para a área das montanhas na cidade de Anjar, e há aproximados 5 km da Fronteira Internacional de Masnaa (Líbano-Síria).



Mais de 2 milhões de pessoas deixaram a República Árabe Síria (nome oficial) em busca de refúgio em países vizinhos, aumentando as tensões entre eles. 

Recentemente, a ONU estimou mais de 825 mil sírios que se refugiaram no Líbano, enquanto as autoridades libanesas estimam mais de 1,3 milhões para um país de cerca de 4 milhões de habitantes e 10.452 quilômetros quadrados.

Apenas como referência, o Líbano tem aproximadamente metade do tamanho e o dobro da população de Sergipe (menor estado Brasileiro). Já imaginou, recebendo mais 1,3 milhões de pessoas, a repercussão dessa presença em massa sobre a economia desse país?


Hoje o que se ver na região são centenas de refugiados sírios e oficiais do exército fortemente armados pela cidade, inclusive com tanques de guerras. Apesar da situação, pude ver crianças desses acampamentos correndo sorridentes e brincando de futebol, que pelo menos nesse instante se esquecem da triste tragédia que os envolvem.

Logo após as montanhas de fundo localiza-se a Síria

CURIOSIDADES:

Sobre a Guerra Civil que está acontecendo na SÍRIA, ela iniciou em Março de 2011 com uma rebelião ainda em caráter pacífico e com a população em geral reivindicando do presidente sírio Bashar al-Assad mais democracia e liberdades individuais. Os manifestantes também acusavam o governo de corrupção e nepotismo. Num dos protestos ocorridos, algumas crianças que picharam muros foram presas e torturadas, o que gerou revolta popular. As forças de segurança violentamente tentaram reprimir, então os protestos foram se espalhando pelo país e se transformando em uma revolta armada, apoiada por diversos grupos contra o presidente sírio, com o objetivo de o derrubar do governo.

O pior é que o conflito tomou grandes proporções e tem sido marcado pelo grande número de mortes dos dois lados da guerra: dos vitoriosos e dos fracassados, se é que podemos afirmar quem de fato está e em cada lado.

A ONU responsabiliza o presidente Bashar al-Assad por crimes de guerra e contra a humanidade num país onde já morreram mais de 125 mil pessoas, conforme uma entidade síria.

Hoje, além das mortes com a guerra, os refugiados estão morrendo de fome, de frio e de poliomielite, devido a uma epidemia que iniciou no nordeste da Síria.


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