Há alguns lugares que às vezes precisamos esquecer os pontos de vista alheios e ir in loco conhecer suas histórias e termos nossa própria impressão. Assim foi minha visita a BYBLOS - JBEIL, uma pequena e aconchegante cidade do Oriente Médio, distante aproximados 40 km de Beirute, a capital do Líbano, que possui um grande sítio arqueológico e cultural.
Esta é uma das cidades mais antigas do mundo e foi assim denominada por ser principal ponto de saída do PAPIRO (em grego, BYBLOS). O papiro é uma planta na qual era utilizada a parte interna do caule como principal matéria-prima para a produção de uma folha. Esta folha foi o precursor do papel, ou seja, o meio físico usado para escrever durante a Antiguidade.
Byblos foi povoada pelos fenícios e anos depois ficou sob o domínio árabe. A partir de então foi denominada pelos árabes de JBEIL (que significa "pequena montanha" em árabe).
Foram os povos fenícios que criaram o atual e o mais utilizado alfabeto do mundo moderno (conhecido como alfabeto latino), mas foram os gregos que o aperfeiçoaram. A propósito, o termo alfabeto deriva das duas primeiras letras do alfabeto grego: alfa e beta.
O CASTELO DOS CRUZADOS
Chegando em Byblos - Jbeil, minha primeira parada foi para visitar as ruínas do Castelo dos Cruzados, importante base comercial para os gregos, fenícios e romanos. Eis que nesse local se encontrava um dos mais importantes monumentos, o Templo de Resheph, entretanto este ruiu na época da chegada de Alexandre, O Grande (o mais célebre conquistador de terras do mundo antigo).
Este castelo começou a ruir ainda no período Bizantino, mas acelerou mesmo durante a ocupação árabe. Os restos do Castelo dos Cruzados estão entre as mais espetaculares estruturas atualmente visíveis em Byblos - Jbeil.
OS CEDROS DO LÍBANO
Devido a grande importância que a árvore cedro-do-líbano teve para a história da Antiguidade, esta se tornou o grande símbolo do Líbano, a qual sua imagem é parte central na bandeira nacional. Os fenícios empregavam sua madeira para construir embarcações militares e comerciais, utilizadas para navegação no Mar Mediterrâneo e Oceano Atlântico; os egípcios utilizavam sua resina para a mumificação; o profeta Moisés aconselhava o uso da casca do caule no tratamento de lepra; os judeus queimavam para anunciar o início do ano novo; entre outros. Apenas para se ter uma noção, esta árvore é citada 75 vezes na Bíblia Sagrada.
Devido a grande importância que a árvore cedro-do-líbano teve para a história da Antiguidade, esta se tornou o grande símbolo do Líbano, a qual sua imagem é parte central na bandeira nacional. Os fenícios empregavam sua madeira para construir embarcações militares e comerciais, utilizadas para navegação no Mar Mediterrâneo e Oceano Atlântico; os egípcios utilizavam sua resina para a mumificação; o profeta Moisés aconselhava o uso da casca do caule no tratamento de lepra; os judeus queimavam para anunciar o início do ano novo; entre outros. Apenas para se ter uma noção, esta árvore é citada 75 vezes na Bíblia Sagrada.
A PRAINHA E O PIER
Durante minha visita a Byblos - Jbeil, infelizmente a praia da cidade estava vazia (sem frequentadores) devido ao inverno no Oriente Médio. Apesar do dia estar ensolarado, ainda sim ventava muito e fazia frio.
Logo à frente estava o PIER da Baía de Byblos (o antigo porto), onde os fenícios construíam e iniciavam suas navegações por mares jamais desbravados (não foi a toa que eles ficaram conhecidos como os maiores conquistadores de terras por meio marítimo).
Nessa área existem diversas pousadas, hotéis, residências feitas de pedra e restaurantes. Sendo assim, nada melhor do que uma parada básica para almoçar. E porque não no mais conhecido restaurante da cidade: Pepe Byblos Fishing Club. Lá já foram: BRIGITTE BARDOT, MARLON BRANDON, JOHNNY HALLYDAY, entre outras personalidades. E agora também EdyMito (editado na foto abaixo) .k
A CAPELA E O SOUK
Subindo por uma das ladeiras que liga o antigo porto fenício ao Castelo dos Cruzados há uma simples e pequena capela dedicada a Nossa Senhora da Penha do Rio de Janeiro. Dentro da capela há um quadro da santa que foi trazido do Rio por emigrantes libaneses na década de 30.
Subindo por uma das ladeiras que liga o antigo porto fenício ao Castelo dos Cruzados há uma simples e pequena capela dedicada a Nossa Senhora da Penha do Rio de Janeiro. Dentro da capela há um quadro da santa que foi trazido do Rio por emigrantes libaneses na década de 30.
Continuando a subir pela mesma ladeira, cheguei ao SOUK (antigo mercado árabe). No Jbeil Old Souk podemos encontrar de tudo um pouco. Artesanatos, tecidos, cafés, restaurantes, dentre outros. Desde peças bastante antigas à peças atuais e sofisticadas (popularmente conhecidas como "de grife"). Vale a pena conferir: estrutura, arrumação e limpeza impecáveis.
E para terminar meu tour por Byblos - Jbeil, dei uma volta pelo centro da cidade, onde vivem em harmonia cristãos e muçulmanos. Apesar de árabes, eles se vestem preponderantemente como ocidentais.
CURIOSIDADES
Devido a diversos fatores, muitos dos libaneses emigraram principalmente para as Américas, no final do século XIX, em busca de sobrevivência. Os primeiros imigrantes do Oriente Médio que chegaram no Brasil (principalmente comerciários libaneses, mas também tinham sírios e palestinos), vieram fugidos da forma de política local, da prepotência dos otomanos, da exploração fiscal dos turcos e também devido a perseguição religiosa.
Confira em uma das fotos abaixo a estátua em homenagem aos libaneses emigrantes nas Américas.
CURIOSIDADES
Devido a diversos fatores, muitos dos libaneses emigraram principalmente para as Américas, no final do século XIX, em busca de sobrevivência. Os primeiros imigrantes do Oriente Médio que chegaram no Brasil (principalmente comerciários libaneses, mas também tinham sírios e palestinos), vieram fugidos da forma de política local, da prepotência dos otomanos, da exploração fiscal dos turcos e também devido a perseguição religiosa.
Confira em uma das fotos abaixo a estátua em homenagem aos libaneses emigrantes nas Américas.
Você sabia que SÃO PAULO tem a maior colônia libanesa do mundo? Pois é. Atualmente São Paulo tem mais libaneses (incluindo descendentes) do que o próprio Líbano.
Enfim, esse post mostra um pouco de Byblos - JBEIL, que apesar de ser pequena em tamanho mostra o quão imensa é sua história.
Excelente colega, aguardarei as fotos da Indonésia, abraços e Feliz ano novo.
ResponderExcluirQue bom que gostou Roosevelt. Em breve começarei os posts da Indonésia.
ExcluirNo momento estou escrevendo sobre a BULGÁRIA. Dá uma conferida lá e espero que goste.
Abraços e até breve!
Edi, as fotos ficaram lindas e as informações bem interessantes.
ResponderExcluirParabéns.
Oi Dismeire,
ExcluirFotos realmente ficaram ótimas e a paisagem por si só já ajuda.
Novos posts já no blog. Dá uma conferida lá e espero que goste.
Abraços!